Mulheres são destaque da programação do XIII Congresso da ABAR

Painel "Mulheres na Regulação do Gás" destacou representatividade feminina no último dia de paineis

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O papel feminino no setor de regulação foi destaque do último dia do XIII Congresso da Associação Brasileira das Agências Reguladoras (ABAR). No painel “Mulheres na Regulação do Gás; A carreira no Setor; O perfil das Profissionais e a visão do mercado”, mediado pela ex-presidente da ABAR Maria Augusta Feldman, elas subiram ao palco para tratar de representatividade.

Para Sylvie D’Apote, diretora executiva de Gás Natural do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que participou da conversa, é importante que os homens sejam aliados na hora de garantir maior igualdade de gênero no setor.

“Para que o papel da mulher na sociedade mude, os homens também precisam mudar. Quando entrei no IBP, descobri uma realidade de muitas mulheres, que eram 60% da diretoria. Uma das responsabilidades de mulheres na liderança é seguir na luta para que as mais jovens também consigam”, defendeu.

A advogada Lívia Salaroli, assessora da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), destacou que ver mulheres em cargos de destaque é, para ela, fonte de inspiração. “Assim como essas mulheres que estão na liderança me representam, eu como assessora quero fortalecer a nossa base também. É muito importante tê-las abrindo esse caminho”, ressaltou ela.

Neste ano, a programação completa contou com mais de 70 mulheres, entre mediadoras e painelistas.

Abertura
Ainda na abertura do evento, a ex-presidente da ABAR Maria Augusta já tinha expressado alegria pela representatividade no Congresso. “Todas as mulheres que aqui estão ocupam um espaço e têm suas capacidades e combatividade. Por acaso eu fui presidente, mas qualquer uma de vocês tem que ser presidente. Mulheres têm que assumir a sua força”, conclamou ela.

No mesmo sentido, Sergio Campos, chefe da divisão de água e saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também defendeu, em seu discurso, a ampliação do número de mulheres no setor: “Nós como reguladores temos o desafio de promover a igualdade de gênero no nosso setor, assegurando que as mulheres sejam parte dos corpos de tomada de decisão e dos operacionais.”