ANCINE participa de evento sobre mercado de TV Paga

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A Agência Nacional do Cinema – ANCINE participou nesta terça-feira, 31 de julho, da primeira edição do Pay TV Forum, em São Paulo.  A proposta do evento, organizado pelas publicações TELA VIVA, PAY-TV e TELETIME, foi reunir em dois dias os principais players do mercado de TV Paga para uma reflexão aprofundada sobre o setor de TV por assinatura no Brasil e no mundo.

De acordo com dados do mercado, só no Brasil a TV paga gera receitas de mais de R$ 30 bilhões ao ano e sustenta uma cadeia que engloba mais de 170 canais, cerca de 900 empresas produtoras de conteúdo. Juntamente com a banda larga e com os serviços móveis, o setor compõe os pacotes de serviço que hoje estão disponíveis a quase 18 milhões de assinantes.

Os modelos tradicionais, no entanto, estão em processo de transformação, colocando programadores e operadores diante de novas realidades e oportunidades. O mercado, que passou por uma retração nos últimos dois anos, encontra-se agora dando os primeiros sinais de recuperação.

O diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, falou na manhã desta terça sobre este cenário atual da TV Paga e o incremento da produção para o setor. No painel, mediado pelo jornalista Samuel Possebon, Christian conversou também sobre o Serviço de Vídeo sob Demanda (VoD), a desregulamentação setorial, e as perspectivas de atuação da Agência para simplificar processos.  “Há um excesso de regulação, inclusive com sobre-regulação. Estamos mapeando as Instruções Normativas e os marcos regulatórios, sobretudo aquelas que tratam da relação da ANCINE com os regulados”, explicou.

Na sequência, o coordenador de combate à pirataria da ANCINE, Carlos André Moreira Chelfo, participou da mesa “Impactos da pirataria no crescimento do mercado”, ao lado de Raquel Sangiovanni Collesi (Alianza), Fernando Magalhães (diretor de programação da Claro Brasil) e Oscar Simões (ABTA).  No debate, apresentado por Marcio Machry, da Cisco OpSec, foram discutidos os principais temas sobre o combate à distribuição clandestina de conteúdos audiovisuais, como a atuação das autoridades setoriais e dos diferentes atores da indústria; a situação do Brasil neste cenário; e a realidade jurídico-regulatória brasileira.

Voltado principalmente para profissionais de operadoras, programadoras, canais, produtores de conteúdos, analistas e reguladores setoriais, o Pay TV foi também uma oportunidade para aqueles que atuam na Internet e em plataformas móveis, serviços OTT e provedores de tecnologia.