ANCINE promove quarta reunião da Câmara Técnica do Mercado de Exibição

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A Agência Nacional do Cinema – ANCINE realizou no dia 16 de agosto a quarta reunião da Câmara Técnica do Segmento de Mercado de Salas de Exibição. A Câmara foi criada em dezembro de 2017, após encontro de distribuidores e exibidores com a ANCINE para definição anual da cota de tela. O objetivo do grupo, que pretende se reunir mensalmente, é acompanhar e analisar o comportamento do mercado de salas de exibição desde que foi aprovada, em janeiro de 2018, a aferição por sessão de cinema para cumprimento de cota de tela.

A reunião, realizada na sede da ANCINE no Rio de Janeiro, foi aberta pela diretora Mariana Ribas e conduzida pelo diretor-presidente da Agência, Christian de Castro.

A reunião teve como assuntos principais a digitalização do parque exibidor e o VPF (Virtual Print Fee). O encontro contou ainda com apresentações da gerente do departamento de cultura do BNDES, Fernanda Farah, e da representante da empresa Quanta DGT, Suzana Lobo.

De acordo com dados da Superintendência de Análise de Mercado (SAM), o processo de  digitalização do parque exibidor brasileiro, iniciado em 2012, se completou em 2016 e com isso surge a prática da multiprogramação. “O exibidor passa a programar variados títulos para uma mesma sala por dia. A digitalização mudou a lógica de programação, que antigamente era feita por dia, hoje é feita por sessões”, explicou Luana Rufino.

A Superintendente apresentou também dados relativos ao número de lançamentos e a quantidade média de complexos ocupados pelos lançamentos. “O primeiro semestre de 2018 foi o melhor primeiro semestre da série histórica, se compararmos o mesmo período desde 2012. Segundo dados preliminares, este ano já foram 81 lançamentos de títulos brasileiros. Ano passado foram 79 e em 2012 foram apenas 29 filmes brasileiros lançados nas salas de cinema no primeiro semestre do ano”, continuou Luana.

A ocupação do filme nacional nos complexos cinematográficos no primeiro semestre de 2018, no entanto, foi inferior aos dois últimos anos. Isso ocorreu dado que o aumento do número de salas não acompanhou o crescimento de lançamentos cinematográficos. No primeiro semestre de 2016, os 68 títulos brasileiros lançados ocuparam em média pouco menos de 77 complexos. Já no primeiro semestre de 2017 o total de filmes brasileiros lançados cresceu (79 títulos), mas a ocupação média foi de pouco mais de 63 complexos. No primeiro semestre de 2018 essa média foi ainda menor – os 81 lançamentos ocuparam em média 48 complexos. A boa notícia é que diminuiu a diferença entre a proporção de salas ocupadas pelo filme brasileiro e o estrangeiro.

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